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Mas afinal, o que é o Drag On! ?! - Parte 1

Foto do escritor: Thiago SenaThiago Sena

Atualizado: 17 de out. de 2020

Mas para aqueles que ainda não conhecem, Drag On! é um jogo nascido na faculdade, como demanda de trabalho da cadeira de Produção de Jogos. E como ele nasceu é bem interessante. Vem comigo?

Antes de mais nada, acho que vale a pena explicar o que é o jogo em si. E, para isso, nada melhor do que seu high concept [para os não familiarizados, high concept é um texto curto que sintetiza seu jogo de forma geral e sucinta]:


“Drag On é um RPG 100% com temática LGBTQIA+ onde o jogador encarna uma drag queen no jogo, mudando suas roupas e acessórios de forma a criar estratégias e derrotar os inimigos. Ambientado com bastante leveza e bom humor, o jogador deverá enfrentar o preconceito e a masculinidade tóxica do mundo com o intuito de espalhar o amor e o respeito. Pelo jogo, o jogador conhecerá melhor a cultura LGBTQIA+ em todo seu glamour, suas dores e sabores, de forma a se sensibilizar, criar empatia pela comunidade e rir e se divertir bastante, coisas que a comunidade LGBTQIA+ adora e sabe fazer como ninguém.”

[Imagem de um dos jogos pesquisados para o trabalho. Print da tela inicial.]



Ficou curioso? Pois tudo começou com uma ideia às pressas para poder ganhar nota e passar na cadeira. Se você me conhece, dirá “Típico!”. Se não, saiba que essa é uma habilidade que eu tenho chamada trabalhar sob pressão. Além disso, SEMPRE fui péssimo com decorar datas, desde livros de histórias até aniversários de pessoas queridas. Quantas provas eu fiz de surpresa por não lembrar que era dia. Inúmeras! E, com a faculdade de jogo, minha terceira, não foi diferente. Cheguei na sala [atrasado, para variar. Não por irresponsabilidade, mas porque sempre tive vida corrida e tudo meu era nos extremos da cidade e demorava horrores para chegar], todos os colegas apreensivos. Eis que entro na sala, professor olha para mim e diz: “Como o trabalho é a nota final de vocês, tenho a certeza de que todos fizeram o trabalho que eu sei, não é, Thiago!?”. “Claro, professor! Indubitavelmente!!!” Toda a sala começa a rir, professor incluso, pq minha expressão era de desespero.


O professor dá instruções, explica a importância do trabalho e, enquanto isso, me atualizo com os colegas o que em específico ele quer. Após entender e ficar louco de pedra, o professor nos pergunta como nos preferimos fazer as apresentações. Eu prontamente grito “por ordem alfabética, professor! Assim, não tem sorteios e segue um fluxo normal que todos estamos acostumados desde a escola primária!”... Meu nome é Thiago, com T. Claro que eu seria um dos últimos e teria algum tempo de pensar em algo e montar um ppt básico. Eis que o desespero bate...!


[Imagem de um dos jogos pesquisados para o trabalho. Print da tela de propaganda.]



A ideia era criar um jogo único, jamais visto. Como bom aquariano diferenciado, procurei criar algo bem diferentão, mesmo que bizarro. Nada me vinha. E eu não tinha tempo. Eis que pensei: quais coisas eu gosto e tenho familiaridade para que eu possa juntar e criar algo único?! [para aqueles que não sabe, essa é a regra básica da criatividade: pegar duas ideias quaisquer e procurar fazer uma relação entre elas.] Assim sendo, após várias ideias horrendas, imaginei nosso bom e velho Final Fantasy VII e o fato de eu ser gay. Porque não criar um RPG com temática gay? Isso falo sem ser sexual, festeiro ou cheio de clichês. Na época, maio de 2017, não havia nenhum jogo mais sério [que eu considero aqueles sem ser casuais] e muito menos jogos “gay” [parte do projeto exigia que você pesquisasse para mostrar quais eram os jogos parecidos e porque o seu seria único]. Só existiam jogos casuais ou apenas temáticos de RuPaul ou de maquiagem e beleza ou de encontros ou de cuidar do namorado, a la Tamagotchi, ou jogos sexuais. Haviam algum jogos sérios que tinham personagens gays [a maioria so para ter mesmo e chamar atenção e sempre personagens secundários de pouca visibilidade]. Mas não havia um jogo sério e com a temática de cultura LGBTQIA+. Nenhum! Quando falo de cultura, falo de vários aspectos como conquistas, lutas, dores, músicas, dificuldades, costumes, linguajar etc. Jogos que pegam uma cultura e usam ela para criar um jogo, como Deus da Guerra 4 que pegou a cultura nórdica e fez um jogo. Ou GTA que pega a cultura gasngster das grandes cidades americanas e criar ao redor disso. Ideia montada, corre para o Power Point e vamos apresentar. Meus dedos agora corriam contra o tempo!.... [mais na parte 2 ;-D]



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Drag ON! é um jogo de RPG onde você encarna uma drag queen e procura defender o mundo do mal e do preconceito, espalhando amor e respeito por onde passa. Nos siga em nossas redes sociais:


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